Tainhas e turismo, tudo a ver!
21 de junho de 2023O despertador do celular dispara. Acordo assustado, ainda sem saber ao certo o que está acontecendo! É noite ainda. Olho na tela do celular e lá esta escrito: saída as 07h para observação de baleias.
Sim! Me lembrei, tenho que me arrumar, tomar café e aguardar o serviço de transfer. É hoje o grande dia!!!
As 07h em ponto uma van enorme, nova e muito bem cuidada encosta na frente do hostel. O motorista desce, me dá as boas vindas, confirma que sou o passageiro que contratou o serviço e convida para tomar o meu lugar no veículo.
Cumprimento a todos. Dois alemães, dois italianos, um japonês, um americano e meia dúzia de brasileiros completam o grupo de turistas que farão a viagem comigo. Dez minutos depois do embarque o pessoal já está super entrosado. Falam inglês, arranham o espanhol, o portunhol e de um jeito ou de outro todos parecem se entender.
O guia-motorista faz uma breve apresentação do roteiro de viagem, responde a alguns questionamentos, apresenta os locais por onde passamos e, de repente, pega a via marginal. Impressionante, já se passou 1h30 desde o momento do embarque no hostel e agora estamos a caminho do porto de Imbituba.
Chegamos ao ponto de embarque e somos recebidos por uma equipe de profissionais uniformizados que nos dão as boas-vindas e nos convidam para um bate-papo. O pessoal faz um relato do processo histórico de desenvolvimento da cultura da caça de baleia e a importância do óleo, retirado dos animais, no desenvolvimento das cidades, principalmente na construção civil e na iluminação pública.
Um papo super legal! Depois, informações sobre segurança, equipamentos e as exigências estabelecidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio para a pratica do Turismo de Observação de Baleias.
Vestimos os coletes e embarcamos! O coração já está acelerado e o barco ainda nem foi desamarrado do píer.
Após as manobras, o barco segue em direção ao norte, pois temos informações de baleias avistadas próximo a Praia da Ribanceira. Navegamos por cerca de 25 minutos e ao longe vemos um esguicho em forma de V. Agora temos certeza! É uma Baleia Franca, a única baleia que possui dois orifícios em suas costas, responsável por esse tipo de esguicho.
Chegamos a cerca de 125 metros de distância da baleia. Linda, imponente e feliz. Subia e descia na superfície da água. O grupo estava em êxtase! De repente gritos, mais gritos e subitamente aparece uma segunda baleia, maior ainda que a primeira. Depois mais gritos e avistamos um filhote, pequenino se comparado às baleias adultas, mas ao mesmo tempo enorme. O capitão informa:
– Esse filhote deve ter uns 4 metros!
Passaram-se 10 minutos e o capitão informou que iríamos nos dirigir a outro ponto. Outra baleia avistada, desta vez em Ibiraquera. São mais 10 minutos de navegação até avistarmos o que parecia ser um casal de baleias. Nos aproximamos (150m das baleias) e subitamente percebemos muita movimentação na água. A movimentação aumentava mais e mais a cada instante. Parecia um grande redemoinho. Passaram-se uns 30 segundos e, de repente, uma das baleias inicia uma série de saltos, 2, 3, 4 saltos seguidos. Nossa impressão … um novo filhote acaba de ser encomendado e o “paizão” está feliz da vida!!!
Passaram-se 2h30 de navegação. Parece que foram 30 minutos! Mas é hora de voltar.
O grupo não aguenta de tanta felicidade. Todos querem relatar o que viram. Falam ao mesmo tempo. Cada um no seu idioma. Fazem fotos, mostram as fotos que fizeram, postam as fotos no Face, no Insta, etc.
Embarcamos novamente na van para dar continuidade ao roteiro. Almoço, visita ao Museu da Baleia Franca e retorno para Floripa.